segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sala de Aljubarrota

Há museus que guardam no seu âmago peças de elevado valor artístico, mas, é difícil encontrar agrupadas num museu, tal como sucede no Museu de Alberto Sampaio, um conjunto tão significativo e que em si reúne, simultaneamente, um elevado valor estético, histórico e afectivo.
A sala de Aljubarrota do Museu de Alberto Sampaio é disso um exemplo. O conjunto de peças nela exposto – Virgem em majestade (séc. XIII), conhecida por Santa Maria da Oliveira de Guimarães; loudel de D. João I; Tríptico de prata dourada; placas de edificação e sagração da igreja de Nossa Senhora da Oliveira (de, respectivamente, 1387 e 1401) – é um manancial de histórias, de «estórias» e de lendas que despertarão a curiosidade e a admiração do visitante.
Saibam desde já que o rei D. João I era um crente fiel e dedicado a Santa Maria da Oliveira, de Guimarães. A esta Santa atribui e dedica este rei da Dinastia de Avis o ter vencido a Batalha de Aljubarrota, travada contra os castelhanos. E tanto assim é que a Ela ofereceu o loudel (a veste militar) que envergava na referida batalha, corria o ano de 1385, e o tríptico de prata dourada, altar portátil que representa o Nascimento do Menino.Esta sala e estas peças são de tal forma simbólicas que é mesmo preciso ir ao museu, em corpo e em alma, para se perceber do que falamos. Esta sala, e fazemos nossas as palavras de José Saramago «merece todas as visitas» e, sinceramente esperamos que «o visitante faz jura de cá voltar de todas as vezes que em Guimarães estiver»!

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